PRF diz que hacker publicou seu pedido de pix para Bolsonaro

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Foto: Reprodução

Neste mesmo horário, a PRF nacional publicou um comunicado em que dizia que o Instagram da Superintendência sergipana foi alvo de ataque hacker na madrugada. Segundo o órgão, a chave Pix era dos criminosos e ali então ocorria o golpe.

 

A reportagem tentou identificar a quem a chave Pix redirecionava, mas ela já não mais existia. No Twitter, a PRF em Sergipe informou que tomará “providências cabíveis visando a apuração dos fatos e restauração da conta”.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a suspensão dos perfis regionais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para análise de segurança. “Em face da alegada invasão de perfil regional da PRF em Sergipe, inclusive com troca da senha, estou determinando a suspensão dos perfis regionais da PF e da PRF para análise da segurança, permanecendo somente os perfis nacionais nas redes sociais”, afirmou no Twitter.

“Quanto à retirada do ar da postagem criminosa, a PRF está com providências em andamento. E investigação será instaurada para apuração dos fatos.”

Bolsonaristas divulgam desde a noite da sexta-feira, 23, uma campanha para arrecadar dinheiro para Bolsonaro pagar multas judiciais. Eles alegam que ele é vítima de “assédio judicial”. Os valores das doações de políticos, que publicaram comprovantes de transferência nas redes sociais, variam entre R$ 10 e R$ 1 mil. A chave Pix dessa “vaquinha” é o CPF do ex-presidente, enquanto a divulgada pelo perfil da PRF em Sergipe era aleatória.

A publicação da PRF foi feita no último dia do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira, que pode tornar Bolsonaro inelegível por oito anos, caso não haja pedido de vistas. A sessão começou às 9h com o voto do ministro Raul Araújo.

O relator, Benedito Gonçalves, deu o voto inicial favorável para que o ex-presidente perca os poderes políticos por quase uma década.

Em Brasília, antes de embarcar para o Rio de Janeiro na manhã desta quinta, Bolsonaro disse ser vítima de um “julgamento político”. “É uma injustiça comigo, meu Deus do céu”, afirmou.

Estadão