Soraia Thronicke diz que CPI permite tempo
Foto: O Dia
Em entrevista ao UOL News, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) cobrou mais rigidez da CPMI que investiga os atos golpistas para chegar logo aos “peixes grandes” por trás da invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Os peixes grandes estão dentro do Exército e da cúpula do antigo governo. As digitais de Jair Bolsonaro neste golpe de estado são indubitáveis. Nós perdemos muito tempo; ainda está vindo peixe pequeno. Precisamos caminhar e buscar a verdade real. O peixe grande está com suas digitais em todos os lugares e se chama Jair Messias Bolsonaro. Soraya Thronicke, senadora
Soraya reforçou as críticas a alguns membros da CPMI e os acusou de não focarem em extrair algo realmente importante dos investigados. A senadora ainda destacou a necessidade de a comissão ouvir os depoimentos de “peixes grandes” como Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Muitas vezes, aqui na CPMI são discursos ridículos, apenas para o seu eleitorado, sem estar nem um pouco preocupado em inquirir a testemunha ou o investigado que está ali. Teremos que ouvir Anderson Torres e partir para esses outros peixes grandes. Mauro Cid é um deles e tem muito a nos dizer. A CPMI está apenas começando. Soraya Thronicke, senadora (MS)
Soraya Thronicke relatou que alguns depoentes estão com medo de falar na CPMI que investiga os atos golpistas. A senadora ainda afirmou que o depoimento do Coronel Naime a convenceu do envolvimento do Exército no que houve em 8 de janeiro. O Coronel Naime me convenceu do envolvimento do Exército e trouxe alguns nortes. O que me causa estranheza é o fato de somente ele estar preso. É nítido: a PM permitiu a entrada dos golpistas dentro do Congresso. Percebemos que essas pessoas [os depoentes da CPMI] estão temerosas. De onde vem esse temor? Tem gente colocando muita pressão e ameaça a esses depoentes e isso me preocupa.Soraya Thronicke, senadora (MS)
A senadora falou sobre sua saída do União Brasil e a filiação ao Podemos. Sem dar maiores detalhes, Soraya disse que foi vítima de machismo por parte de alguns membros do seu antigo partido. Ela afirmou ter sofrido “violência política”, mas que sai “de portas abertas” do União Brasil. Não falo o partido, mas membros do partido. O presidente {Luciano} Bivar é uma pessoa muito cara para mim e o admiro muito, mas outros membros não agiram da forma esperada. Isso foi algo determinante. O respeito à candidatura feminina e a compromissos são muito caros para mim e vou buscar isso sempre em qualquer partido. A sigla que não respeitar isso não terá a minha presença.Soraya Thronicke, senadora (MS)