Brasil deve crescer 3% neste ano

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Foto: Infomoney

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta segunda-feira (3) que a pasta deve revisar a projeção de crescimento econômico em 2023 para um patamar entre 2,5% e 3%.

Atualmente, a expectativa do ministério é de até 2,4% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano. A estimativa foi publicada em 12 de junho.

“A realidade foi mostrando que nós tínhamos razão e o nosso cenário será revisado para cima, ainda tem que ser lançado o próximo boletim. Mas certamente estamos próximos de um crescimento de 2,5% [a] 3%”, disse.
O mercado tem a expectativa de crescimento do PIB em 2,19%, segundo o relatório “Focus” publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira (3).

O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Mello também criticou o que chamou de “política monetária restritiva”, referindo-se à manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

“Temos uma ampla agenda voltada para o crédito. Isso é importante justamente porque devido a essa política monetária bastante restritiva quem sofre é o mercado de crédito e os empresários e famílias que dependem dele”, afirmou.

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

O secretário participou da instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do “Conselhão”. O encontro contou com a presença do ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, e do secretário extraordinário de Reforma Tributária, Bernard Appy.

Questionado sobre o apoio da Fazenda às alterações no texto do arcabouço fiscal, Mello disse apenas que o ministério “vai construir a posição de consenso que é possível nesse momento”.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem pedido que a Câmara dos Deputados mantenha uma das alterações do Senado no projeto.

O relator do texto no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), incorporou um trecho que permite ao governo incluir no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) de 2024 a previsão de despesas de forma “condicionada”, considerando a variação da inflação.

Caso essa mudança seja derrubada na Câmara, o governo não poderá incluir o valor dessas despesas no orçamento. Isso representaria um “corte” de R$ 32 bilhões a R$ 33 bilhões, segundo Tebet.

Para o secretário, “é evidente que, do ponto de vista do orçamento, seria positivo você ter todas as possibilidades de gastos já previstas, mas isso é um debate que vai ser construído e finalizado agora na Câmara”.

Nesta semana, estão previstos para votação pela Câmara dos Deputados:

o texto do arcabouço fiscal, nova regra que substituirá o teto de gastos;
a reforma tributária; e
o projeto de lei que devolve o “voto de qualidade” do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

G1