Centrão aceita indicar mulher para Caixa
Foto: Mauro Pimentel/AFP
As negociações entre o Palácio do Planalto e e Centrão para o ingresso do grupo no governo continuam. Na mesa, um sem número de cargos a serem definidos.
O Progressistas, por exemplo, aceita não ficar com o Ministério do Desenvolvimento Social, sua primeira pedida para abrigar André Fufuca. Mas a cúpula do partido vai bater o pé por um ministério da mesma envergadura. Diz um dirigente:
— O nosso piso é um ministério igual ao do Wellington Dias.
Outro pote de ouro em jogo é a Caixa. Há duas semanas parecia que era líquido e certo que o PP emplacaria Gilberto Occhi na presidência do banco. A maré virou. O governo fez jogo duro. Agora, o PP está voltando à carga: topa rifar Occhi e sugerir outro nome, de uma mulher para que a balança de gênero, já tão desequilibrada, não fique mais ainda pendendo para o lado de sempre.
Um destacado líder do Centrão, perguntado se já há mulher escolhida se as conversas caminharem neste sentido, diz:
— Se não tem, a gente arruma.
O Centrão quer o mundo e tem a oferecer em troca ao Planalto os votos que lhe faltam para ter a governabilidade, ou seja, votos no Congresso para aprovar suas pautas. Mas o dono do tabuleiro deste xadrez é Lula. É ele quem vai decidir o espaço que o PP, Republicanos e União Brasil terão.