Lula supera intrigas e apoia Silvio Almeida

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Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo

O lançamento da “Caravana dos Direitos Humanos”, protejo no qual Silvio Almeida visitará presídios brasileiros e unidades do sistema socioeducativo de todo Brasil a partir do próximo mês, distensionou a relação entre o ministro e o presidente Lula.

Almeida vinha sendo alvo de fogo amigo de colegas de Esplanada que atribuíram à pasta de Direitos Humanos uma suposta falta de ação sobre denúncias de maus tratos no sistema carcerário. O problema, no entanto, é mais amplo e necessita da atuação de outros ministérios do governo.

Nos últimos dias, Lula fez gestos ao ministro. Partiu do presidente o convite para que Almeida comparecesse à posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), no domingo. Em seu discurso no evento, Lula afagou o ministro e contou à plateia que seu pai foi ex-goleiro do Corinthians Barbosinha.

Pessoas próximas a Lula que acompanharam a agenda relataram que o presidente e o ministro sentaram-se próximos um do outro durante almoço e que demonstraram “entrosamento”.

Há algumas semanas, Lula chegou a fazer críticas, em reservado, sobre a atuação de Almeida, destacando a expectativa de que ele tivesse mais ações junto à população que está na ponta, como os presidiários.

Com isso, integrantes do Palácio do Planalto viram espaço para tentar colocar a pasta dos Direitos Humanos na reforma ministerial que busca abrir espaço para o centrão. Como informou a coluna, parte do governo defendia que Almeida fosse realocado para um órgão internacional de prestígio e sua cadeira ficasse vaga para entrar na nova composição do governo.

Pesam contra esse plano, a reaproximação de Lula com o ministro e a simbologia que Silvio Almeida carrega. Professor e advogado, ele é tido como um dos quadros mais preparados e representativos do governo Lula.

Um dos focos da caravana que o ministro inicia em agosto é ajudar Estados e atores locais a enfrentar violações de direitos humanos como tortura, precarização das prisões, alto índices de morte violenta e prisões ilegais.

O Globo