Moro não defende Bolsonaro e este não o defende
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O senador Sergio Moro (União-PR) foi alvo de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) por silenciar sobre a inelegibilidade do ex-presidente decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sexta-feira.
O ex-juiz não esconde de aliados seu incômodo com a ação que o PL, partido de Bolsonaro, apresentou para cassar seu mandato no Senado, após ele ter abraçado a candidatura do ex-presidente no segundo turno de 2022.
Moro chegou a ir a debates na televisão com Bolsonaro e posar ao lado do então chefe do Executivo, que tentou a reeleição, mas perdeu para Lula.
Moro e seu entorno carregam uma decepção sobre promessas não cumpridas de pessoas ligadas a Bolsonaro. Havia o comprometimento de conversarem com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para convencê-lo a desistir da ação contra o senador, sob o argumento de que a direita não deve se dividir. O PL, no entanto, segue processando Moro e pede sua cassação em uma ação que foi juntada a outra apresentada pelo PT e que corre no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
A leitura é que, diante desse cenário, Moro não deve sair em defesa de Bolsonaro para gerar mais desgastes com a corte eleitoral, até porque seu caso também será apreciado no futuro pelo TSE.