Novos diretores do BC vão expulsar Bob Neto

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 Foto: Pedro França/Agência Senado

Gabriel Galípolo e Ailton Santos foram oficialmente nomeados como diretores do Banco Central do Brasil (BC), nesta sexta-feira (7). O governo publicou as nomeações na madrugada no Diário Oficial da União.

Os nomes de Galípolo e Santos foram aprovados pelo Senado Federal na terça-feira (4), após uma sabatina. Galípolo será o novo diretor de Política Monetária, enquanto Santos chefiará a Diretoria de Fiscalização.

Gabriel Galípolo já foi o “número 2” do Ministério da Fazenda durante o governo Lula, sendo considerado o braço direito do ministro Fernando Haddad. Por sua vez, Santos, que já era auditor-chefe do BC, torna-se o primeiro negro em 58 anos a ocupar um cargo de diretoria na instituição.

Desde 2021, quando foi sancionada a lei que garantiu autonomia ao Banco Central, o presidente os diretores da instituição passaram a ter mandato fixo de quatro anos.

No caso de Roberto Campos Neto, atual presidente, o mandato vai até 2024. Gabriel Galípolo é um dos cotados para substituí-lo.

Veja, a seguir, os perfis dos novos diretores do BC.

Gabriel Galípolo

Indicado ainda na transição de governo, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda (ou seja, “número dois” do ministro Fernando Haddad) até maio.
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Professor universitário, deu aulas de 2006 a 2012 nos cursos de graduação da PUC-SP, onde se formou.
Foi presidente do Banco Fator, instituição com tradição em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021.
O economista esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
O desenvolvimento de um modelo de parceria público-privada para a Cedae começou em 2018 pelo consórcio liderado pelo Banco Fator, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Especialista no assunto, Gabriel Galípolo ministrou aulas sobre PPPs e concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
Em sua atuação na gestão pública, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, na gestão do então governador José Serra (PSDB).
No ano seguinte, ainda durante governo do tucano, assumiu o cargo de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo.
Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, onde trabalhava até chegar ao Ministério da Fazenda.

Ailton Santos

Natural de Jequié (BA), Ailton de Aquino Santos será o primeiro negro a ocupar uma diretoria do Banco Central. O banco foi fundado em 1964, há 58 anos.
Santos trabalha no BC há 25 anos, onde é auditor-chefe.
Ele se formou em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), em Brasília.
Além disso, o auditor tem outras três especializações em direito público, engenharia econômica de negócios e contabilidade internacional.

G1