Padilha diz a Centrão que só não negocia Saúde

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Foto: Divulgação

“Tirando a Saúde, está tudo em aberto”, foi o que interlocutores ouviram do ministro Alexandre Padilha após reuniões no Palácio do Planalto nesta terça-feira (18) com os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (REP-PE).

Claro que ninguém cogita mudanças na área econômica ou no núcleo duro de Lula. Mas a mensagem soou como um recado claro para dentro e fora do governo.

Para fora, para o Centrão, a sinalização é de que Nísia Trindade está blindada. Não adianta insistir, retrucar, pressionar. Lula não mexerá na Saúde – ministério com muita capilaridade, muitas possibilidades de entrega e que recebe obrigatoriamente metade das emendas parlamentares impositivas.

Para dentro, é um aviso de que ninguém na Esplanada é insubstituível. Não adianta apoio em redes sociais, apelar para gratidão, nem se segurar na (importante) questão de gênero. O pragmatismo será o norte do governo Lula a partir de agora.

E, nos cálculos do governo, a presença de nomes do Progressistas e do Republicanos – ainda que os partidos permaneçam independentes – poderá ajudar a governabilidade e, nas palavras do líder do Governo na Câmara, “trazer paz” para as votações. É que um maior espaço da Câmara no governo estará contemplado, como tanto pediu Arthur Lira.

Guimarães, inclusive, confirmou ao Em Ponto, da GloboNews nesta quarta (19), que André Fufuca e Silvio Costa Filho são, de fato, os nomes indicados por Progressistas e Republicanos respectivamente para ocupar uma vaga na Esplanada dos Ministérios.

Junto deles, vem também uma série de parlamentares aliados que passariam a votar com o governo, mesmo que não sejam as bancadas inteiras dos partidos.

Lula deve se reunir com a equipe política na quinta-feira (20) para abrir o tabuleiro e ver as peças que podem ser mexidas. A partír daí deve se encontrar com Lira até o fim da semana para ouví-lo sobre as possíveis mudanças.

A ideia é na semana que vem articular as mudanças – com quem entra e quem sai – ou se muda de ministério.

G1