Vândalos do 8 de janeiro atacaram torres de energia

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BRASÍLIA – Manifestantes golpistas vandalizaram oito torres de transmissão de energia em três diferentes Estados no período entre o 8 de janeiro, dia dos protestos violentos que invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e o dia 16 daquele mesmo mês. O mapeamento dos ataques à rede de energia foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

Dos oito incidentes divididos entre São Paulo, Paraná e Rondônia, quatro produziram queda de torre. Se o intervalo de tempo for aumentado para o período após a eleição, foram 11 desligamentos automáticos produzidos por ataques.

Em Foz do Iguaçu (PR), por exemplo, a Aneel detectou que vândalos provocaram a queda de torre que produziu desligamento automático de unidades de energia no dia 9 de janeiro. A unidade foi reparada quatro dias depois.

Além desse incidente, outras duas torres caíram entre os dias 8 e 9 de janeiro – uma em Cujubim (RO) e em Medianeira (PR). O relatório informa que a Aneel estabeleceu um gabinete de acompanhamento da situação do sistema elétrico brasileiro, determinando ações, como a prestação de informações ao longo de 15 dias, “duas vezes ao dia (até as 08h30 e até 17h30), indicando qualquer ato, tentativa ou suspeita de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos”.

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Ainda de acordo com o documento, foram 12 os desligamentos causados por atos de vandalismo apenas em 2023 nos últimos 10 anos. O recorde foi em 2013, com 20 desligamentos.

O ofício foi produzido para atender um requerimento feito pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Ela pediu o número de torres de transmissão de energia atacadas no período entre 2020 até o presente momento, indicando a gravidade e o modo do ataque, a região onde ocorreu, as consequências para o sistema elétrico, entre outras informações que julgar importantes e também pediu as apurações internas e comunicações a órgãos oficiais que visassem a apuração dos ataques a partir de 31/10/2022.

Em aplicativos de mensagens, grupos bolsonaristas apresentavam planos logísticos para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – parte de grupos propunham o fechamento de rodovias e a tomada de estruturas da cadeia produtiva, como refinarias de petróleo.

Estadão