Comandante do Exército ameaça golpistas militares
Foto: Ed Alves/CB/DA.Press
Diante das investigações sobre a conduta de militares no 8 de janeiro, o comandante do Exército, Tomás Paiva, mandou um duro recado à tropa, ontem, quando se celebrou o Dia do Soldado. Conforme enfatizou, todo “desvio de conduta” será “repudiado e corrigido”.
“Meus comandados, guiados pelo espírito de servir à Pátria, vocês são os fiéis depositários da confiança dos brasileiros, que só foi obtida pela dedicação extrema ao cumprimento da missão constitucional e pelo absoluto respeito a princípios éticos e valores morais. Esse comportamento coletivo não se coaduna com eventuais desvios de conduta, que são repudiados e corrigidos”, frisou o general, no discurso diante da tropa, no Quartel-General, em Brasília.
“Formamos uma instituição que se orgulha, ao lado da Marinha e da Força Aérea, de ter a grande responsabilidade de defender a nossa pátria”, acrescentou Paiva, ao invocar o patrono do Exército, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
No evento estavam presentes autoridades dos Três Poderes, como o presidente da República em exercício Geraldo Alckmin; o ministro da Defesa José Múcio Monteiro; o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — relator do inquérito que apura o envolvimento de militares no 8 de janeiro; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; e o advogado geral da União, Jorge Messias. Alckmin foi condecorado com a Medalha do Exército Brasileiro e evitou a imprensa. Sua única manifestação a respeito foi nas redes sociais, ao parabenizar os soldados e assegurar que “fortalecer nossa defesa, desenvolvendo sua base industrial para criação de equipamentos de uso militar e civil” é uma das prioridades do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o qual comanda.
Além de Alckmin, o ministro das Comunicações Juscelino Filho foi condecorado com a Medalha do Pacificador.