CPMI vai barrar ‘show’ bolsonarista contra GDias

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um recado claro chegou aos congressistas da oposição que compõem a CPMI do 8 de Janeiro: a presidência, representada pelo deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), não tolerará confusão durante o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Gonçalves Dias, marcado para hoje (31/08).

A exemplo do que aconteceu na CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Maia teme que a oposição tente provocar o general e constrangê-lo, causando bate-boca. Na ocasião, deputados levaram fatias de melancia e comeram a fruta em frente ao ex-ministro, que se irritou com a encenação. O episódio aconteceu em 1º de agosto.

Um dos deputados que mais promove baderna na CPMI, Abílio Brunini (PL-MT), foi aconselhado a não comparecer à CPMI. Ele não é titular e nem suplente da comissão, mas sempre aparece para provocar congressistas de esquerda e reproduzir gestos de conotação supremacista. Ontem (30/08), o Conselho de Ética da Câmara abriu processo contra ele por uma fala transfóbica contra a colega Erika Hilton (Psol-SP).

PUBLICIDADE

Apesar das condições parecerem certas para um circo, o Palácio do Planalto está tranquilo com o depoimento de GDias. O governo avalia que o general já falou tudo o que era necessário na CPI da Assembleia Legislativa do Distrito Federal, que também trata dos eventos de 8 de janeiro. Se repetir o roteiro, não haverá problemas.

O depoimento de Gonçalves Dias, apesar de ser muito esperado por bolsonaristas, será provavelmente ofuscado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também presta depoimento, na Polícia Federal. A oitiva será em conjunto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e grande elenco: Fabio Wajngarten, general Mauro Lourena Cid, tenente-coronel Mauro Cid, Frederick Wassef, tenente Osmar Crivellati e coronel Marcelo Câmara.

Metrópoles