Lula quer que Brics tomem posição sobre Ucrânia

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Foto: Gianluigi Guercia/AFP

Ao lado de autoridades russas e chinesas, o presidente Lula (PT) cobrou que o Brics defina uma posição sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Lula diz que o Brics não pode se omitir sobre a guerra e criticou “limitações” do Conselho de Segurança da ONU. É o segundo dia da cúpula do Brics, em Joanesburgo. O Brics é um bloco formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Ele afirmou que o Brasil não ficará indiferente às questões ucranianas. “Queremos nos juntar aos esforços por uma paz justa e duradoura”.

Lula discursou ao lado de Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros enviado para representar a Rússia, e do presidente chinês Xi Jinping.

A China é um importante parceiro comercial da Rússia e é acusada de fornecer inteligência militar para ajudar tropas russas na guerra.

Lula também criticou a falta de atenção dada a conflitos em países pobres, como Haiti, Sudão do Sul e Palestina. “Todos merecem viver em paz. É inaceitável que os gastos globais militares ultrapassem US$ 2 trilhões enquanto a FAO nos diz que 735 milhões de pessoas passam fome por dia”.

Muitos outros conflitos estão por vir. Não podemos nos furtar a tratar o principal conflito da atualidade, que ocorre na Ucrânia e tem efeitos globais.

A busca pela paz é um dever coletivo e um imperativo para um desenvolvimento justo e sustentável. O Brics deve atuar como uma força pelo entendimento e cooperação pelo fim dos conflitos no mundo.
Lula discursa na cúpula do Brics

A África do Sul convidou o presidente russo, Vladimir Putin, para o encontro do Brics, em Joanesburgo, mas há um mandado de prisão internacional contra o presidente russo, e ele corre o risco de ser preso se comparecer.

Putin é alvo de um mandado de prisão do TPI (Tribunal Penal Internacional) por crimes de guerra. Devido à essa questão, a própria África do Sul confirmou que Putin enviará um representante.

A África do Sul afirma ter assumido uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia e pediu diálogo e diplomacia para resolver o conflito.

Uol