Militares fizeram presidente da CPI não investigar jóias
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O presidente da CPI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta quarta-feira que não colocou em votação pedidos de quebras de sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, defendidos por governistas, por entender não ter relação com os atos de 8 de janeiro. Ele diz não ser possível imaginar que o ex-presidente enviou PIX para patrocinar as invasões de prédios públicos.
— Alguém aqui vai imaginar que Bolsonaro estava mandando Pix para patrocinar o 8 de janeiro? Obviamente que não — afirmou ele. — Se quiserem fazer uma CPI para discutir venda de presente de presidente, façam outra CPI.
Ele também defendeu papel das Forças Armadas na “preservação da democracia” em meio a iniciativas antidemocráticas no início do ano, como a invasão às sedes dos três Poderes. A declaração foi dada após uma reunião com o comandante-geral do Exército, general Tomás Paiva.
— O papel das Forças Armadas foi fundamental para preservação da democracia — afirmou Maia a jornalistas.
O encontro, realizado no Quartel-General do Exército, ocorreu em meio à pressão para que a CPI responsabilize militares por participação ou omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Segundo o presidente da comissão, contudo, “é importante concluir os trabalhos preservando as instituições brasileiras”.