Moraes diz que bolsonaristas iam matar Lula

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes citou “risco à vida” de Lula ao determinar a prisão de bolsonaristas investigados em diferentes inquéritos no STF. A ameaça ao presidente foi assinalada pelo ministro do STF, por exemplo, nas prisões do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e dos blogueiros Bismark Fugazza e Oswaldo Eustáquio.

Ao determinar a prisão de Eustáquio, Moraes analisou um pedido feito pela segurança de Lula. A coordenação da equipe de segurança sinalizou, entre outros pontos, que o o blogueiro se dirigiu a um hotel em que o petista estava hospedado e, instigando outros manifestantes, entoou o coro: “Se precisar, a gente acampa. Mas o ladrão não sobe a rampa”.

Em ofício enviado a Moraes, a segurança de Lula pediu a prisão preventiva de Eustáquio e ponderou que ele teria incorrido em ameaça, perseguição, incitação ao crime, associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“Atitudes como estas têm levado ao aumento gradativo das hostilidades e ameaças contra a integridade física do Sr. Presidente e Vice-Presidente eleitos, de Ministros da Suprema Corte bem como de apoiadores daquele Brasil afora e, mais recentemente, até mesmo em outros países”, escreveu Andrei Rodrigues, que coordenava a segurança de Lula à época em que o pedido foi feito. Atualmente, Andrei chefia a Polícia Federal.

Ao atender ao pedido, Moraes citou “risco à vida” de Lula e afirmou que Eustáquio atuou com objetivo de “instituir o retorno à Ditadura no Brasil”. Na semana passada, o magistrado determinou que a PF inclua o blogueiro na lista de foragidos da Interpol.

Moraes também determinou a prisão de Bismarck Fugazza por colocar Lula em risco. Após a eleição, ele defendeu que o petista não assumisse a Presidência. O blogueiro bolsonarista foi solto em junho após quase três meses preso.

A ameaça à vida de Lula também foi citada por Moraes ao ordenar a prisão de Anderson Torres, investigado por omissão nos atos de 8 de Janeiro e pela minuta de teor golpista encontrada em sua casa durante operação da Polícia Federal.

O comportamento de Anderson Torres é “gravíssimo” e “pode colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo Tribunal Federal”, assinalou Moraes.

Metrópoles