Sob Lula, Brasil recebe chuva de investimentos
Foto: Evaristo Sa/AFP
Com a consolidação de um cenário de melhora dos indicadores econômicos, o mercado financeiro aposta em aumento do ingresso de capital estrangeiro no País neste ano. Aqui estão alguns pontos relevantes: Liderança no ranking: O Brasil recebeu 41% do total de investimentos estrangeiros que tiveram como destino a América Latina no ano passado; Fluxo de capital: O fluxo cambial do país aumentou em relação a 2022, chegando a US$ 12,207 bilhões; e Motivos para o aumento: a recuperação econômica, a estabilidade política, os sinais de avanço das reformas no Congresso e a atratividade do mercado brasileiro. Esse movimento começou a tomar forma ainda em 2022, e ganhou tração neste ano. Em 2022, o investimento estrangeiro direto no Brasil saltou 68% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a US$ 85 bilhões. Foi o maior valor em 22 anos, equivalente a 4,76% do PIB em dólares.
Para este ano, a continuidade do ingresso de capital novo até o fim do ano está condicionado a algumas variáveis, como a aprovação do novo marco fiscal e da reforma tributária, bem como a manutenção de um ciclo de redução dos juros que abra espaço para a recuperação do crédito e do poder de compra do brasileiro. Feito isso, seria possível bater os números de 2022, embora ainda ninguém crave um resultado final. Há um sentimento no mercado de que, a despeito das “escorregadas” do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem ganhado força na defesa de um governo menos intervencionista e mais comprometido com o equilíbrio das contas públicas. Os sinais no Congresso também apontam para um entendimento em relação à importância da aprovação das reformas. A bola, senhoras e senhores, está com o governo e o Congresso.