Trump depõe hoje em processo que pode prendê-lo
Foto: Seth Wenig-Pool/Getty Images
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se apresenta à Justiça norte-americana, nesta quinta-feira (3/8), para ser formalmente indiciado no processo que apura supostas tentativas de anular as eleições presidenciais de 2020 e a invasão ao Capitólio, sede do Congresso, em 6 de janeiro de 2021.
O republicano deve se apresentar ao tribunal federal na capital Washington, às 16h no horário local (17h em Brasília). Trump é alvo de quatro acusações formais no caso: conspiração contra o país; conspiração para fraudar um procedimento oficial; obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial; e conspiração contra os direitos dos cidadãos norte-americanos.
A expectativa é que o ex-presidente repita os argumentos utilizados em Miami, quando ele se declarou inocente das acusações de retirar documentos sigilosos do governo e armazená-los na própria mansão, na Flórida.
Pré-candidato às eleições de 2024, Donald Trump responde a dois processos ligados a questões eleitorais. Além do caso dos documentos confidenciais, ele foi indiciado em ação que apura suposto esquema de suborno, fraudes e falsificação de registros de campanha.
A procuradoria apontou seis pessoas como cúmplices de Trump – elas, porém, não foram identificadas. O ex-presidente responderá por quatro crimes.
Em sua rede social, chamada Truth Social, Trump já havia falado sobre a possibilidade da acusação após reunião com sua equipe de advogados. “O enlouquecido Jack Smith, o promotor do DOJ de Joe Biden, enviou uma carta (novamente, era domingo à noite) declarando que sou um alvo da investigação do Grande Júri de 6 de janeiro e me dando 4 dias muito curtos para relatar ao Grande Júri, o que quase sempre significa prisão e indiciamento”, escreveu o ex-presidente.
Esse tipo de correspondência é enviada a investigados para avisá-los de que podem enfrentar um indiciamento formal.
O promotor de Justiça investiga a conduta do ex-presidente na tentativa de anular as eleições de 2020, que antecederam o ataque ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.
Smith verifica o aparecimento de falsos eleitores nos estados em que Trump perdeu e uma eventual campanha de pressão popular contra o então vice-presidente, Mike Pence, conduzida pelo bilionário. O mandatário norte-americano também teria incentivado a invasão ao Congresso, na data em que o órgão confirmou a vitória de Joe Biden.