Zambelli teria sido presa se não fosse deputada
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Investigadores da Polícia Federal (PF) avaliam que havia elementos para pedir a prisão da deputada bolsonarista Carla Zambelli nesta quarta-feira (2/8), não fosse a imunidade parlamentar. Zambelli foi alvo de um mandado de busca e apreensão, emitido por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Já o hacker Walter Delgatti foi preso.
A Constituição prevê que parlamentares federais só podem ser presos em caso de crimes flagrantes e inafiançáveis. São inafiançáveis crimes como terrorismo, tortura, racismo, crimes hediondos e ação contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Se cumprir esses dois requisitos, a prisão do parlamentar ainda precisa ser confirmada por sua respectiva Casa Legislativa: Câmara ou Senado.
A PF apura a inserção de mandados de prisão falsos no sistema judicial. Delgatti afirmou à corporação que cometeu esses crimes a pedido de Zambelli, com vistas a contestar a Justiça do país. A PF identificou que assessores de Zambelli repassaram R$ 13,5 mil a Delgatti.
Segundo o hacker, a deputada também intermediou um encontro dele com o então presidente Jair Bolsonaro. Na reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro perguntou se Delgatti conseguiria invadir as urnas eletrônicas, de acordo com o depoimento.