Da ex-base de Bolsonaro, só PL ainda não aderiu a Lula
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Com a nomeação de Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e André Fufuca (Esportes) como ministros do governo de Lula (PT), há quem diga que só falta o PL para o governo ter a base necessária para aprovar suas pautas na Câmara dos Deputados com folga. É improvável que o partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto abocanhe um ministério, mas a continuação da liberação de emendas parlamentares pode atrair mais apoio.
Em julho, o PL foi o partido que mais recebeu emendas parlamentares, totalizando R$ 1,7 bilhão. Esse valor superou partidos que já estão com Lula desde a posse, como PSD (R$ 1,6 bilhão) e MDB (R$ 1,4 bilhão).
Um dos maiores defensores dessa “aliança informal” com Lula é o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) —que já teve mais de R$ 31 milhões em emendas autorizadas pelo governo.
Na região Nordeste, pelo menos 20 deputados do PL apoiam uma maior aproximação com o governo. Eles votaram a favor de projetos do governo na Câmara, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
Oficialmente, o PL rechaça qualquer possibilidade de aproximação com o governo petista. O líder do partido na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), afirmou que os integrantes do grupo pró-Lula devem ser tratados como “mortos-vivos”, conforme disse ao Estadão.
A negativa também vem do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. Ele afirmou, na última segunda-feira (04/09), que seu partido não irá fazer alianças com o PT, nas eleições de 2024, em hipótese nenhuma.