Deputado LGBT+ processa Ratinho e SBT
Ratinho será intimado pela 27ª Vara Cível de São Paulo, a respeito de um pedido de indenização por danos morais de R$ 500 mil movido contra o apresentador do SBT pelo ativista Agripino Magalhães Júnior, que milita pela causa LGBT+ e é deputado estadual suplente do Legislativo paulista. A decisão pela intimação foi da juíza Fernanda Jacó Monteiro, na terça-feira.
A magistrada determinou que um oficial de Justiça procure o titular do “Programa do Ratinho” e, se necessário, deixe a intimação com o responsável pela portaria da casa ou do condomínio onde ele vive — o documento não perderá a validade se isso acontecer. Ratinho é dono de mais de uma dezena de fazendas espalhadas pelo Brasil, sendo que a maior delas fica no interior do Paraná.
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Uma vez informado sobre o caso, o comunicador terá prazo de 15 dias para se defender das alegações de Agripino e de seu advogado, Ângelo Carbone. Os dois acionaram o MP de São Paulo em junho, quando Ratinho disse na tela do SBT que a Parada do Orgulho LGBT+, realizada naquele mês, não deveria acontecer na Avenida Paulista, uma vez que o lugar precisaria ser reservado às famílias e o Sambódromo do Anhembi, esse sim, seria adequado ao “Carnaval dos viados e das sapatões”.
Diante das declarações, Agripino pediu que o MP processasse Ratinho por homofobia, equiparada ao crime de racismo pelo STF desde 2019. Ao saber do pedido, o apresentador, também no ar, se referiu ao ativista como “um cidadão (…) safado, vagabundo e sem vergonha”, além de sugerir que o autor da ação teria uma “folha corrida”: “Eu vou de briga, vou de confusão mesmo”, disse ainda.
Por causa dessas falas, Agripino pede a condenação de Ratinho em R$ 500 mil. Ao todo, ele move três processos contra Ratinho, todas referentes ao mesmo episódio.
UOL