Ex-ministro da Saúde de Bolsonaro sofre surto psicótico
Foto: Adriano Machado/Crusoé
O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (foto) e o ex-secretário de Atenção Primária Raphael Câmara Parente afirmaram que a gestão de Jair Bolsonaro fez “mais do que qualquer outra” pela saúde na história do Brasil.
Em carta publicada no sábado (23) no periódico The Lancet, eles rebateram críticas feitas à pasta durante a pandemia de Covid pelos ex-ministros da Saúde André Chioro e José Gomes Temporão, pelo professor da FGV Adriano Massuda, pelo consultor nacional da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) Rafael Dall’Alba, e pela demógrafa Marcia Castro.
No texto, Queiroga e Parente afirmaram que os autores do artigo original demonstraram “preconceito em relação ao assunto ao usarem o pejorativo ‘extrema direita’ no título”, promovendo uma “manifestação de natureza político-partidária”.
Segundo eles, mais de 500 bilhões de reais foram gastos pelo governo anterior no manejo da pandemia para apoiar o sistema de saúde.
“O nosso governo enfrentou um sistema de saúde fraco, marcado pela escassez de camas de UCI, onde os pacientes com baixos rendimentos só conseguiam camas vagas por decisão judicial. Além disso, foi o governo Bolsonaro, e não o Partido dos Trabalhadores, que criou a Secretaria de Atenção Primária à Saúde”, afirmaram o ex-ministro da Saúde e o ex-secretário.
“Em nossa opinião, diante de grandes desafios, o Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro fez mais do que qualquer outro na história do Brasil. Os benefícios das nossas ações serão sentidos durante décadas se o atual governo não os prejudicar ou reverter, o que acreditamos já estar a acontecer”, acrescentaram.
Em tréplica, os autores do primeiro artigo disseram que Queiroga e Parente “disseminam mentiras para construir uma realidade distorcida”.
“A resposta catastrófica do governo carrega uma grande responsabilidade em milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas. A campanha [do governo] desencorajou ativamente as medidas protetoras, como o uso de máscaras e o distanciamento social”, completaram.
Pelos menos 705 mil pessoas morreram de Covid no Brasil. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021, quando já havia vacinas disponíveis, foram 412.880 mortes relacionadas à doença.