Marinha não apoiou golpismo de Garnier
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
O ministro da Defesa José Múcio Monteiro afirmou que as defesas de um golpe militar apontadas por Mauro Cid durante a delação premiada seriam atos isolados, mesmo envolvendo pelo menos um nome do alto escalão das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. Em entrevista à revista Veja na manhã de hoje, Múcio comentou que o almirante Almir Garnier até pode ter sido favorável a um golpe, mas que isso não refletiu o resto da Marinha do Brasil. Eu acho que essa questão dos golpes eram questões isoladas. Podia o Garnier querer, mas a Marinha não queria. O Freire Gomes eu não sei se queria, não senti nenhuma tendência disso, nem do Batista Jr. Eles podem ter participado de reuniões porque o presidente da República os convocava. José Múcio Monteiro, em entrevista à Veja
Garnier “não tinha tropa” para dar um golpe, mesmo que tivesse a intenção. Sentiu resistência do almirante de conversar com ele durante o governo de transição, conseguindo uma reunião somente poucos dias antes da tentativa de golpe. ‘Neste governo, isso não acontece’, afirmou Múcio ao lembrar que o presidente, o ministro da Defesa e os líderes das Forças Armadas eram outros em dezembro de 2022.