Mulher de bolsonarista investigado quis separação
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
O inquérito que apura a participação do senador Marcos Do Val em um suposto plano golpista tem uma “prova” pouco habitual. No compilado de documentos, há uma série de fotos e diálogos envolvendo Do Val e a advogada Brunella Miguez, com quem é casado.
Extraídas do celular do senador, as informações, em sua maioria, são pertinentes ao fato investigado. Ocorre que, em ao menos um dos arquivos, há um registro íntimo da privacidade do casal. A imagem foi enviada por Brunella a Do Val no começo do ano:
“Olha e apaga”, escreveu a advogada. O parlamentar não apagou. E, em junho, teve o celular apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
É natural que o material bruto do aparelho apreendido contenha todo tipo de informação, referente ou não ao fato investigado. A inclusão da referida imagem em um anexo do inquérito é que soa pouco habitual.
Em outras mensagens, Brunella se mostra preocupada com a postura de enfrentamento de Do Val em relação a Alexandre de Moraes. Em tom incisivo, de crítica, ela chega a cobrar do marido que pare com os embates.
Em seu depoimento à Polícia Federal, Marcos Do Val disse que sua mulher cogitou o divórcio após ele se tornar alvo da operação de busca e apreensão. Em desabafo a parlamentares, afirmou que “quase perdeu sua família”.
A investigação em questão apura suposta trama golpista para tirar Moraes da relatoria do inquérito dos atos antidemocráticos. O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira também são investigados no caso.