Oposição inventa “amizade” de Toffoli e Lula para justificar decisão

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Políticos de direita e de esquerda, de oposição e do governo reagiram à decisão do ministro Dias Toffoli do STF que anulou hoje todas as provas obtidas a partir de delações da Odebrecht. Ele ainda considerou a prisão do presidente Lula (PT) “um dos maiores erros judiciários da história do país”.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse que a “decisão exemplar” de Toffoli “confirma o que sempre dissemos sobre a farsa da Lava Jato”. Ela ainda afirmou que “os que mentiram, falsificaram provas […] terão, agora, de responder por seus crimes”. A AGU (Advocacia Geral da União) anunciou uma força-tarefa para investigar supostos desvios de agentes públicos durante a Operação Lava Jato.

O senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), líder do governo Lula no Congresso, disse que a condenação do então ex-presidente “poderia até ser o maior ‘erro’ jurídico da história, mas foi mais que isso, foi uma armação”. “Vamos passando limpo a história!”, completou.

Líder da oposição na Câmara, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) reagiu à decisão em tom de deboche e criticou indicação de “um amigo” para o STF. “Agora só falta mandar o estado brasileiro ressarcir o dinheiro da corrupção devolvido por empreiteiras. É isso que acontece quando se indica um amigo pro Supremo”, escreveu.

Ex-juiz da Lava Jato, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) reagiu a decisão dizendo que “corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras”. Ele afirmou que a Operação ocorreu “dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”.