Bolsonaristas indiciados esperneiam
Relatório da CPI do 8 de Janeiro pediu o indiciamento de mais de 60 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e oito generais. O documento vai à votação amanhã. O Exército comentou o documento, ressaltando ser uma instituição apartidária e que “pauta suas ações pela legalidade e pelo respeito às demais instituições da República”.
Veja o que disseram as defesa dos acusados pela relatora da CPI
O Centro de Comunicação Social do Exército informou ainda que o Exército “não se manifesta no transcurso de processos investigatórios”. “Cabe ressaltar que o Exército Brasileiro seguirá acompanhando e contribuindo com as investigações conduzidas pelos diferentes órgãos.”
O UOL procurou Fabio Wajngarten, que tem atuado como advogado do ex-presidente, e não houve intenção de comentar o pedido de indiciamento. Bastidores, opinião e análise dos fatos mais relevantes da política, na palma da sua mão.
Entre os militares, a defesa de Torres comentou. Entendeu que o relatório não “apresentou provas concretas da participação do ex-ministro, seja por ação ou omissão, nos atos de barbárie cometidos no dia 8 de janeiro”. O advogado Eumar Novacki disse ainda que “o relatório contém inconsistências em relação ao ex-ministro, as quais serão devidamente esclarecidas”.
Já os advogados do ex-comandante da PM do DF Fábio Augusto Vieira disseram que o relatório “confirmou a deficiência argumentativa contida no relatório, que aposta em ficções não condizentes com a realidade”. “A deficiência quanto à análise racional dos fatos produz resultados jurídicos catastróficos, servindo, apenas, a um deslinde teleguiado que não realiza o Estado Democrático e serve para pulverizar discursos que albergam, exclusivamente, interesses políticos. É preciso levar o raciocínio probatório e o processo a sério.”
A deputada federal Carla Zambelli afirmou que “as imputações propostas são absolutamente desprovidas de qualquer embasamento fático e jurídico, constituindo-se em verdadeiro documento inquisitorial, permeado da repugnante parcialidade de quem o elaborou e o subscreveu”.
UOL