Escola militar do PR promove nazismo entre alunos

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Imagem colorida de alunos perto de manequim que remete a Hitler com suásticas ao fundo - Metrópoles

O Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, em Arapongas, no norte do Paraná, vem sendo acusado de “promover” o nazismo durante um trabalho escolar sobre a 2ª Guerra Mundial. A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) instaurou procedimento para “averiguação urgente” sobre o caso de possível apologia ao nazismo. O trabalho foi proposto pela professora Ana Paula Giocondo, que leciona história no colégio.

Professora de história responsável pelo trabalho. Reprodução

No Brasil, a apologia ao nazismo, com uso de símbolos, distribuição de emblemas ou propaganda desse regime é crime previsto em lei, com pena de reclusão.

“Ele [pai de Relinda] foi preso pelos soviéticos em 1944 e, mesmo depois que terminou a guerra, continuou preso nos campos de trabalho forçado na URSS. Depois de muito sofrimento, veio a ser trocado por soldados soviéticos com a Alemanha (…) Uma belíssima e forte experiência para esses alunos e certamente irá tocar os corações de todos que assistirem entrevista”, diz a legenda do post.

A publicação foi curtida pelo Núcleo Regional de Educação Paraná e gerou polêmica na internet. Todas as postagens sobre o assunto foram deletadas das páginas da escola.

Repercussão de suposta promoção do nazismo

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) cobrou providências por parte do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), a respeito do caso. “Exigimos uma resposta contundente”, escreveu a deputada nas redes sociais.

Em nota, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) afirmou que está apurando o caso e reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas, encarada com extrema gravidade.

Metrópoles entrou em contato com o Colégio Estadual Cívico Militar Marquês de Caravelas, Ministério Público e com a professora Ana Paula Giocondo, mas não obteve um retorno até o momento da publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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