Major ataca senadores que foram ao Sínodo
Foto: Reprodução/Agência Senado
O senador Major Olimpio (PSL-SP), líder na Casa do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 7, que os parlamentares devem votar o segundo da reforma da Previdência apenas no dia 22 de outubro.
Em evento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Olimpio afirmou que o Senado poderia tentar votar o projeto no dia 15, mas que, para isso, os senadores que viajarão ao Vaticano nesta semana para acompanhar a canonização da Irmã Dulce teriam que voltar ao Brasil na próxima segunda-feira, 14.
“Mas eles já vão estar ali em Roma, viajando com recursos públicos”, ironizou o senador. “Meus colegas senadores estão querendo colocar situações para discutir e para protelar a reforma”, disse Major Olimpio, em referência ao impasse em torno da divisão dos recursos do leilão da cessão onerosa do pré-sal entre estados e municípios.
“Temos esse impasse nesse momento. A Câmara não aceita o que nós votamos (sobre a divisão dos recursos da cessão onerosa), e nós não aceitamos o que a Câmara quer fazer. Queremos que o Executivo envie uma medida provisória”, defendeu o senador.
A previsão inicial da reforma no Senado previa o segundo turno para a próxima quinta-feira, 10 de outubro. Porém, com o atraso em uma semana para a primeira votação, o presidente da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), previu um adiamento igual para a segunda etapa, mas preferiu não dar datas sobre a apreciação do texto que altera as regras da aposentadoria. Essa é a última votação para que a PEC, se aprovada, entre em vigor e altere as regras da aposentadoria.
Na semana passada, durante a votação dos destaques no primeiro turno, os senadores reduziram em 76,4 bilhões de reais a economia com a reforma em dez anos, com a derrubada de mudanças no pagamento do abono salarial.
Olimpio afirmou que “em determinado momento, houve um entendimento de vários senadores e bancadas de que era o momento de pressionarem para conseguir alguns pleitos individuais.”
O senador defendeu a inclusão de Estados e municípios na reforma por meio da PEC Paralela, que tramita no Senado, e disse que a Câmara barrou a inclusão de Estados e municípios devido a interesses eleitorais. “A Câmara não quis (manter a regra) e as razões, dentre elas, é que ano que vem tem eleição. Fazer mudanças previdenciárias é uma coisa árida, não dá voto, mas é necessário”, afirmou.