Fala de Eduardo revela ignorância histórica

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Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Segundo a Folha de SP, a razão apresentada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à jornalista Leda Nagle para a edição do AI-5 (Ato Institucional número 5, de dezembro de 1968) está longe de ser consenso entre historiadores e memorialistas do período.

O deputado omitiu o ato detonador e fundamental do AI-5, que deu aos militares a certeza de que estavam perdendo apoio político dentro do Congresso Nacional. Isso poderia arruinar os projetos de longo prazo da ditadura militar (1964-1985).

Em outro ponto da entrevista a Leda Nagle, Eduardo Bolsonaro confundiu datas.

Por exemplo: segundo o deputado, “executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares”. Os quatro sequestros de embaixadores (dos EUA, Japão, Suíça e Alemanha), contudo, só ocorreram depois do AI-5, no período 1969-1970.

Da Redação com Folha