Parlamentares defendem 2a instância da boca pra fora

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, fez a alegria da turma do Congresso que há tempos sonhava em estancar a sangria da Lava-Jato. Por uma dessas ironias que se produzem na Praça dos Três Poderes, foi ele também que abreviou a festa.

Toffoli pautou, deu voto decisivo e pilotou o STF no julgamento que acabou com a prisão em segunda instância. Foi ele também que lembrou ao público, indignado com a Corte, que caberia ao Congresso aprovar uma emenda constitucional reinstituindo a medida.

Foi aí que coisa desandou. Em um ano pré-eleitoral, os caciques partidários que andavam tramando no escuro contra a Lava-Jato, tiveram de aparecer. No primeiro dia de trabalho depois do fim da prisão em segunda instância, a Câmara sofreu para conseguiu reunir deputados suficientes para realizar uma simples sessão da Comissão de Constituição e Justiça.

A turma pode até esbravejar nas redes sociais contra o STF, mas na hora de votar para retomar as prisões em segunda instância, vale mesmo é a ordem dos caciques e o medo da cadeia.

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