Delator entrega prova de propina para Aécio
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Um contrato celebrado entre Eike Batista e a empresa Aalu Participações e Investimentos S/A, que pertence a Alexandre Accioly, é a prova que o empresário levou aos procuradores para sustentar a informação de que pagou R$ 20 milhões ao ex-governador de Minas e ex-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB-MG), em 2010. O repasse seria em troca de favores em atos do governo de Minas, que estava sob influência do tucano. Eike tenta celebrar um acordo de colaboração premiada com a PGR.
A coluna apurou que o pagamento de fato ocorreu no mesmo período de um outro aporte feito pela empreiteira mineira Andrade Gutierrez para a mesma empresa de Accioly, no valor de R$ 35 milhões. Assim como fez Eike, executivos da empreiteira mineira sustentaram que o repasse era propina para Aécio. Eles já prestaram depoimento à Polícia Federal (PF), que está prestes a apresentar relatório final sobre essa investigação.
Sócio da rede de academias Bodytech, Accioly é compadre e amigo de juventude do tucano mineiro. A Aalu é sua holding para investimentos e participações, tendo ele como sócio e também Luiz Urquiza.
Por meio de nota, Accioly disse que “nega com veemência ter recebido qualquer recurso em nome de Aécio Neves, por parte de Eike Batista e suas empresas”. Afirmou estar à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. Ao ser perguntado sobre a razão do repasse feito por Eike à sua holding Aalu, ele preferiu não se manifestar.
Também por meio de nota, a assessoria de Aécio, que hoje é deputado federal, declarou que “a acusação é falsa e absurda”. Segundo sua assessoria, Aécio “jamais intercedeu a favor de qualquer interesse do sr. Eike Batista” e não teria “conhecimento da vida empresarial do sr. Alexandre Accioly, tendo mantido com ele uma relação estritamente pessoal”.