Bolsonaro volta a usar claque comprada no Guarujá
Foto: Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro fez um teste de popularidade nesta segunda-feira no Guarujá, litoral sul de São Paulo. O presidente passa o carnaval no Forte dos Andradas, instalação militar do Exército localizada na praia do Tombo.
Durante a tarde, Bolsonaro saiu para um passeio de moto e aproveitou para fazer selfies e fotos com cerca de 30 apoiadores que praticamente passaram o dia nas imediações do forte. Com uma moto emprestada, Bolsonaro percorreu ruas dos bairro de Guaiúba, e passeou pelas praias das Astúrias e Tombo. Ele parou por instantes em frente ao edifício Solaris, que abriga o tríplex pelo qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
Durante o passeio de moto, o presidente usou capacete, mas não atou a fivela que fixa o equipamento ao pescoço. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, usar o capacete solto é infração leve e dá três pontos na Carteira Nacional de Habitação, além de multa de R$ 88,38, por dirigir “sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança”.
Depois o presidente retornou ao forte. Por volta das 19 horas saiu novamente para jantar “em um podrão que arrumaram, um pé-sujo”, conforme disse aos jornalistas quando mais uma vez se aproximou de apoiadores para tirar fotos. Indagado por uma repórter sobre as greves de policiais que estão sendo organizadas em alguns estados, o presidente encerrou a entrevista. Neste momento, alguns apoiadores ofenderam os jornalistas com xingamentos, culpando-os pelo fim da sessão de fotos com o presidente.
Bolsonaro foi até a lanchonete de um hotel na praia do Tombo, onde comeu um sanduíche e tomou refrigerante. Em seguida, saiu no meio de uma pequena multidão que se aglomerava na frente do estabelecimento e que chegou a interromper o fluxo de veículos na orla.
Bolsonaro posou para fotos e se deixou abraçar e beijar por algumas mulheres e crianças. Os seguranças estenderam duas pastas à prova de bala para proteger o corpo do presidente na hipótese de alguma tentativa de agressão.
O presidente chegou a ficar de pé na passadeira da porta do carro, de onde acenou para seus apoiadores num gesto típico de campanhas eleitorais.