Economia só se ergue no segundo semestre, diz especialista

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Foto: Reprodução / Midiamax

Depois de uma semana turbulenta no mercado financeiro, a Sputnik Brasil ouviu o economista chefe do Banco Modalmais sobre as perspectivas do país diante da crise do coronavírus e da queda dos preços do petróleo.

O economista chefe do Banco Modalmais, Alvaro Bandeira, em entrevista à Sputnik Brasil, observou que desde que se acelerou a expansão do coronavírus a Bovespa utilizou a interrupção na bolsa de valores, o chamado “circuit breaker”, cinco vezes, e “possivelmente ainda vamos ter algumas outras, porque o quadro continua de grande tensão”.

“As projeções são de encolhimento do crescimento global, já se fala em crescimentos muito baixos, principalmente no segundo trimestre deste ano, quando se espera o efeito mais acentuado do coronavírus sobre as principais economias”, destacou.
De acordo com Alvaro Bandeira, “é de se prever que o ano de 2020 será muito difícil como um todo”.

“A expectativa é de que seja um vírus transitório, em 3 ou 4 meses o impacto já esteja bem menor, inclusive com a criação de remédios para o combate ao coronavírus. E aí sim, no segundo semestre, poderia se pensar em uma retomada da economia global”, afirmou.

“No Brasil a gente tem muito pouco espaço para fazer medidas de cunho fiscal, já que a gente trabalha com déficit primário grande, mas nessas épocas é até provável que aumente a projeção de déficit primário para poder encaixar algum estímulo para as empresas, principalmente no setor de serviços”, acrescentou o economista.
Ao comentar a queda nos preços do petróleo, o especialista disse que isto afeta a Petrobras e o pagamento de royalties para os governos estaduais.

“O Rio de Janeiro, por exemplo, contava com estes recursos para tentar levantar as finanças do estado e fica mais complicado porque vão receber bem menos royalties com o barril de petróleo cotado já na faixa de 28-30 dólares”, completou o especialista.

Sputnik