Economia brasileira cairá mais que de outros emergentes

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Foto: Reuters

A economia brasileira terá uma queda cinco vezes maior que a média dos países emergentes neste ano, de acordo com a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada nesta terça-feira (14).

Diante da pandemia de coronavírus, o FMI diz que a Grande Quarentena (The Great Lockdown) vai diminuir drasticamente o crescimento global, com previsão de retração de 3%. Aponta, ainda, que é muito provável que a economia global registre em 2020 a pior recessão desde a Grande Depressão, superando a crise financeira global na década passada.

A previsão do FMI é que o PIB brasileiro vai cair 5,3% neste ano, enquanto os países com economias em desenvolvimento vão registrar, em média, uma queda de 1%.

O grupo das economias emergentes inclui a China e a Índia, que devem apresentar crescimento neste ano, mesmo com a crise do coronavírus, segundo o FMI: 1,2% e 1,9%, respectivamente.

Na mesma categoria, dos países emergentes, também está o México – que, no entanto, vai apresentar uma retração ainda maior que a do Brasil, de 6,6%. A economia da Rússia, segundo o FMI, deve cair em proporção semelhante à do Brasil: 5,5%.

A recuperação do PIB do Brasil em 2021 também ficará aquém da média das economias emergentes.

A previsão de crescimento para a economia brasileira em 2021 é de 2,9%, segundo o FMI. No mesmo período, a média de crescimento dos emergentes será de 6,6%.

Enquanto o México deve ter um crescimento de 3% em 2021, em patamar próximo ao do Brasil, a Rússia deve crescer 3,5%; a China, 9,2%; e a Índia, 7,4%.

O ritmo da economia brasileira, no entanto, já vinha abaixo de outros emergentes. No ano passado, enquanto a economia brasileira subiu apenas 1,1%, os emergentes cresceram, em média, 3,7%.

No grupo dos países com economias avançadas, a projeção de retração econômica neste ano é maior que nos emergentes, com uma queda de 6,1%. Em 2021, a recuperação projetada para este grupo é de um avanço de 4,5%.

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