63% dos tuítes sobre Mandetta foram positivos

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Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

Um levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV) contabilizou mais de 662,3 mil postagens no Twitter sobre o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta entre o dia 14 de abril e as 18h desta quinta-feira (16), quando foi demitido do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.

O pico de postagens ocorreu após o anúncio da demissão do ex-ministro na tarde desta quinta-feira. Em 1h45m, foram 313 mil menções ao tema, o equivalente a uma média de 3 mil tuítes por minuto.

De acordo com a DAPP/FGV, 63% das publicações no período partiram de perfis favoráveis a Mandetta contra 31% da base bolsonarista. As demais se referem a postagens de outros grupos fragmentados.

A análise aponta que a demissão de Mandetta do Ministério da Saúde serviu para ativar a base bolsonarista no Twitter, que vinha perdendo espaço na crise com o novo coronavírus. Os dados mostram que a presença do núcleo a favor do governo no debate geral sobre coronavírus subiu de 12% para 16% em dez dias, engajando uma mudança no sentimento sobre o ex-ministro da Saúde no Twitter. No fim de março, esse percentual era de 11%.

Já a base de oposição, que reúne perfis de diferentes bases partidárias, da esquerda à centro-direita, permaneceu com atuação estável na discussão, somando 20% do debate geral sobre coronavírus no Twitter.

O número, porém, ficou bem abaixo do pico que esse segmento atingiu no último dia 6 de abril, quando a demissão de Mandetta foi cogitada e o grupo representou 60% das interações, com o movimento “Fica, Mandetta”.

A maior parte da discussão sobre a pandemia no Twitter segue partindo de perfis sem alinhamento partidário explícito, que debatem de forma regular sobre o coronavírus, com enfoque em quarentena, impacto na saúde e entretenimento. Nesta quinta-feira, por exemplo, esses perfis concentraram 47% das interações na rede social.

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