SP decreta luto pelos 3 mil mortos pela covid19

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Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Nesta quarta-feira, 6, São Paulo confirmou o total de 3.045 óbitos e 37.853 casos de infecção por coronavírus no estado. Os números representam um aumento de 10% nos casos e 7% nas mortes nas últimas 24 horas. O governo paulista decidiu decretar luto oficial a partir de quinta-feira 7. A medida irá vigorar até o fim da epidemia. Neste período, todas as repartições públicas e instituições de ensino deverão manter as bandeiras hasteadas a meio mastro, em homenagem à memória dos mortos pela Covid-19.

“A partir de amanhã, teremos luto oficial em todo o estado de São Paulo. Lamentavelmente, ultrapassamos 3.000 mortos com coronavírus, é o maior volume da história do estado em uma circunstância de menos de 60 dias.”, lamentou o governador João Doria, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta.

A taxa de ocupação das UTIs no estado é de 67% e na Grande São Paulo, 86%. Cerca de 8.500 pessoas com quadro confirmado ou suspeito de Covid-19 estão internadas em leitos de UTIs ou enfermaria no estado. “Precisamos tomar cuidado pois estamos brincando com a sorte”, disse o secretário de estado da Saúde José Henrique Germann.

Os índices são preocupantes pois o coronavírus está se espalhando para cidades do interior de São Paulo. Segundo o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, foram feitas 122 solicitações de transferência de pacientes de cidades do interior do estado para o hospital de campanha do Complexo do Ibirapuera. “Há um afluxo de pacientes de outros municípios, processionando o sistema do município de São Paulo”, alertou Uip.

A taxa de isolamento social permaneceu em 47% no estado de São Paulo e 48% na capital paulista na terça-feira, segundo Doria. Esses índices também foram relatados na segunda-feira 4. De acordo com o governador João Doria, em ambos os casos, a taxa está bem abaixo da média mínima desejada.

Segundo Uip, houve uma aceleração da velocidade da epidemia no estado e o achatamento da curva depende de um insolamento mínimo de 55%. “Nós estamos vendo de um lado uma frouxidão do sistema de isolamento e de outro lado a necessidade, pela quantidade de infectados, de aumentarmos a taxa de isolamento. A única arma que nós temos é o isolamento social. Nós não temos medicamentos, nós não temos vacinas e nem teremos a curto prazo, então é absolutamente fundamental que a população continue se sacrificando. Neste momento é necessário e é a única alternativa”, disse Uip.

Doria voltou a alertar que não haverá flexibilização do isolamento, marcada para começar em 11 de maio, se a taxa não subir para 55%.

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