Maduro e Bolsonaro: unidos pela cloroquina

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Foto: Manaure Quintero/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro foi eleito dizendo que iria impedir o Brasil de se tornar a Venezuela. Pois bem. Em plena pandemia do novo coronavírus, com o país próximo de atingir 15 mil mortes pela doença, Bolsonaro resolveu defender as mesmas ideias do ditador venezuelano Nicolás Maduro. O líder chavista publicou nesta sexta-feira, 15, uma defesa enfática do uso do remédio cloroquina no combate à Covid-19, mesmo sem haver comprovação científica para tal recomendação.

No Brasil, a cloroquina foi o motivo principal para a demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde. O oncologista pediu para ser exonerado nesta sexta-feira por não concordar com as pressões que Bolsonaro vinha fazendo para a pasta liberar o uso da medicação em pacientes com sintomas leves de Covid-19. Não há nenhum estudo amparado pelas autoridades sanitárias mundiais que comprove a eficácia do remédio contra o vírus.

 

No Twitter, Madurou escreveu: “Felicito os profissionais científicos da saúde de nosso país, que trabalham com boa fé e amor para proteger a saúde do povo. Com eles, avançamos na produção da Cloroquina Difosfato, um medicamento efetivo para o tratamento contra a Covid-19. Sim, se pode, Venezuela”.

Não é a primeira vez que Bolsonaro e Maduro se igualam politicamente. Em março, Maduro teve uma publicação excluída pelos moderadores da rede social Twitter por recomendar uma bebida caseira contendo capim-santo, sabugueiro, gengibre, pimenta do reino e mel de abelha para eliminar os sintomas do coronavírus. Dias depois, o Twitter também deletou postagens de Bolsonaro que mostravam o presidente desrespeitando as medidas de isolamento social que são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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