Governo começa a queimar excesso de cloroquina que fabricou
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Mesmo antes de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinar a adoção de um protocolo mais amplo para o uso de cloroquina no tratamento da Covid-19, o governo federal já enviou quase 3 milhões de comprimidos da droga para todos os estados e para o Distrito Federal. Quase 1 milhão deles foram para São Paulo, epicentro do coronavírus no Brasil.
Dos 2.932.000 comprimidos de cloroquina 150 mg que o Ministério da Saúde informa ter distribuído desde o início da pandemia, 986 mil, o que corresponde a 33%, foram para São Paulo.
O estado governado por João Doria (PSDB) registra 5.147 mortes por coronavírus, das 17.971 que o Brasil havia contabilizado até terça-feira (19/05).
Segundo o governo federal, as quantidades são enviadas “de acordo com a solicitação dos estados, sendo o medicamento entregue nos almoxarifados das secretarias estaduais de Saúde para atender às demandas locais”.
A cloroquina distribuída até agora está sendo usada conforme o protocolo que irrita Bolsonaro: apenas para pacientes hospitalizados ou que assinem um documento reconhecendo que o tratamento é experimental e tem efeitos colaterais.
Doria, por exemplo, diz que o estado de São Paulo não vai receitar o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para pacientes com sintomas leves de Covid-19, ainda que a medida seja estabelecida pelo governo federal.