Reabertura do comércio faz Equador ter 2ª onda de covid19

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Foto: Santiago Arcos/Reuters

O governo do Equador estendeu o estado de emergência por mais dois meses, depois de o número de mortes por Covid-19 subir 253%, desde o começo da saída gradual da quarentena, em 4 de maio. O contágio aumentou 50%.

“Considerando que a Covid-19 continua afetando o Equador e que, além disso, esta pandemia tem gerado um duro impacto na economia, é necessário estender por mais 60 dias o estado de exceção que rege todo o território”, disse o presidente, Lenin Moreno, em decreto publicado na terça-feira, 16.

Segundo Moreno, a medida tem como objetivo parar a contaminação comunitária no país. O texto do decreto, que será enviado ao legislativo, prevê toques de recolher e rodízios de carros. A interrupção das jornadas de trabalho no setor publico e a retirada de prazos em processos judiciais continua no país.

O Equador, segundo os dados mais recentes do levantamento em tempo real da Johns Hopkins University, tem 47.943 casos de Covid-19 e 3.970 mortes. No dia 4 de maio, eram 27.940 infectados e 1.569 óbitos.

Além das mortes comprovadamente provocados pelo vírus, há ainda outras 2.683 que precisam de confirmação laboratorial – as autoridades sanitárias, no entanto dizem que elas, provavelmente, foram causadas pela doença. O país é um dos mais atingidos pela pandemia na América do Sul, e está no topo das estatísticas regionais de contágio por 100 mil habitantes e com um dos maiores índices de mortalidade: 8,2%.

O país foi um dos primeiros da América do Sul a enfrentar o colapso do sistema de Saúde. Logo nas primeiras semanas, quando o governo registrava o dobro de casos a cada semana. Corpos deixaram de serem coletados pelos serviços funerários devido à alta demanda, sendo que alguns ficaram jogados nas ruas.

A prefeita de Guayaquil, uma das maiores cidades do país, Cynthia Viteri, afirmou que um terço da população já havia se infectado com a doença.

À frente do Equador estão o Peru, com mais de 230.000 casos e 7.000 mortos, e o Brasil, que lidera o ranking de infectados e mortos com quase 1 milhão de pacientes e 45.000 óbitos.

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