Bolsonaro pode ter infectado a nata do empresariado do país

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Foto: Pedro Ladeira

A notícia de que Jair Bolsonaro está com Covid-19 preocupou um grupo de donos e presidentes de algumas das maiores empresas do país. Eugênio Mattar (Localiza), Francisco Gomes (Embraer), Carlos Alberto de Oliveira (Caoa), Carlos Trabuco (Bradesco), Rubens Ometto (Cosan), Rubens Menin (MRV), Cândido Pinheiro (HapVida), Lorival Luz (BRF) e Fernando Queiroz (Minerva Foods) estiveram com o presidente na sexta (3). Paulo Skaf, presidente da Fiesp, os acompanhou.

O presidente da BRF está seguindo protocolos estabelecidos pela companhia para todos os seus funcionários. A empresa afirma que ele não apresenta sintomas e mantém sua rotina normal de trabalho em casa.

Rubens Ometto disse que não se aproximou do presidente no encontro e usou máscara. Ele afirma que não sente medo da doença, tem seguido os protocolos e se submete aos testes com frequência. Repetiu a testagem nesta terça-feira (7).

Procurado pela coluna logo após a divulgação do resultado do exame de Bolsonaro, o dono da Cosan recebeu a pergunta com humor. Antes de dizer que não teve contato físico com o Bolsonaro durante o almoço na sexta, o empresário brincou que fizeram “sexo atrás do sofá”.

Mattar também passou por teste nesta terça. De acordo com a Localiza, ele está seguindo as medidas de distanciamento social e apresenta um quadro de saúde normal. Sem sintomas, ele manteve sua rotina de trabalho remotamente.

Com Cândido Junior, vice-presidente da Hapvida, foi diferente. Ele já havia contraído a Covid-19 no começo da pandemia. Segundo a companhia, ele fez quarentena na época e, depois do encontro com Bolsonaro, não apresenta sintomas gripais.

Francisco Gomes seguirá o protocolo de saúde da Embraer, que prevê quarentena para qualquer pessoa que teve contato com alguém contaminado.

Os empresários participaram do encontro em nome do Conselho Diálogo pelo Brasil, um grupo de 50 representantes de grandes companhias fundado por Skaf para discutir questões econômicas com autoridades de Brasília. O presidente da Fiesp segue isolado, até o resultado do exame molecular, que será feito entre quinta (9) e sexta (10). ​

Procurados pela coluna, MRV, Bradesco, Caoa e Minerva não comentam.

Folha De S. Paulo