Justiça eleitoral surpreende e tem alto desempenho em investigações
A Lava Jato considerou uma derrota para a operação quando, em março do ano passado, o Supremo Tribunal Federal decidiu enviar à Justiça Eleitoral casos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a caixa dois de campanhas.
Muitos desses casos estavam nas mãos das forças-tarefas. À época, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi derrotada ao defender que esses casos ficassem sob responsabilidade da Justiça Federal.
O argumento do Ministério Público era o de que a Justiça Eleitoral não tinha estrutura para julgar crimes complexos, o que poderia levar à impunidade.
Pouco mais de um ano depois, porém, o que tem ocorrido é o inverso dessa previsão —ao menos nas investigações tocadas no âmbito eleitoral em São Paulo.
Folha de SP