Em 1 milhão de testes de covid19, 1/4 dá positivo

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Foto: Wellington Nemeth – Divulgação

Maior empresa de medicina diagnóstica do país, a Dasa atingiu esta semana a marca de 1 milhão de testes de Covid-19 realizados desde o início da pandemia.

O resultado? 250 mil pacientes testaram positivo.

– O alto índice de resultados positivos demonstra que estamos aplicando os testes nas populações que deveriam ser de fato testadas –, diz o CEO da Dasa, Carlos de Barros. – Desde o início da pandemia sabemos que as ferramentas mais importantes são: testar, testar e testar. Essas pessoas que tiveram acesso aos testes conseguiram adiantar tratamentos e se isolar para evitar contágio.

O volume de testes realizados nas 40 marcas de laboratórios do grupo Dasa em todo o país representa 16% de todos os testes (RT-PCR e sorológicos) registrados no Ministério da Saúde até semana passada. E é quase o dobro do realizado nas unidades do grupo Fleury (530 mil).

A testagem ocupou os laboratórios em um momento em que as pessoas deixaram de fazer exames de rotina com medo de contaminação.

Na Dasa – que faturou R$ 4,7 bilhões no ano passado – a queda das receitas foi da ordem de 20% a 30% no início da pandemia. Em junho, ficou bem pouco abaixo de 100%, compensado pelos testes de Covid, que deram conta de 20% do faturamento aproximadamente.

– A receita veio, mas não estamos fazendo margem. Logo de início decidimos que o preço seria basicamente para cobrir os custos dos testes. Entramos na pandemia com as finanças equacionadas, a prioridade era fazer testagem –, diz Carlos, que quando viu o tamanho da crise que se avizinhava, ainda em março, correu para os bancos e captou mais de R$ 1 bilhão.

Ainda que a propagação do vírus siga em alta no país, o movimento na rede de saúde privada já está retomando. – A volta acabou sendo mais rápida do que a gente imaginava. Você segura os exames por um certo tempo. Mas chega uma hora em que as outras doenças não esperam – , diz Carlos.

Mas o retorno nem sempre é presencial. A empresa tem ampliado a oferta de exames que podem ser realizados em domicílio: exames de imagem de baixa complexidade, incluindo ultrassom fetal, mapa holter e o exame de sono, além de exames de sangue e o próprios testes de Covid-19. A demanda já é cinco vezes maior do que antes da crise.

– O home first veio para ficar. Tudo o que as pessoas puderem fazer em casa elas vão fazer. Todo mundo quer evitar aglomeração, evitar contato com outras doenças – diz o CEO da Dasa.

O grande desafio para tornar a coleta de exame no domicílio um negócio relevante é ganhar escala e eficiência, uma vez que exames como ultrassom são médico dependentes: é preciso que o médico vá até a casa da pessoa.

O grupo Dasa tem cerca de 900 unidades de atendimento de 40 marcas diferentes, incluindo Delboni, Lavoisier e Alta.

O Globo