Felipe Neto quer formar comunicadores negros

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Foto: Reprodução

Não só Zuenir Ventura ficou impressionado com a “fluência e articulação” do youtuber Felipe Neto, 32 anos, na entrevista do último domingo à GloboNews. Filho de uma família humilde do Buraco do Padre, no Engenho Novo, ele fez curso de especialização em Harvard e, desde Xuxa, é certamente o maior fenômeno junto ao público jovem do Brasil, com 39 milhões de inscritos em seu canal no YouTube — embora esteja sendo cada vez mais louvado pelo público adulto, como mestre Zu. Felipe Neto ganhou as manchetes estes dias ao ser alvo de ameaças, em alguns casos físicas, do PE (Partido do Esgoto), de viés bolsonarista. Tudo por causa das críticas ao presidente, inclusive no “New York Times”, onde disse que “Bolsonaro é o pior presidente “Covid” no mundo”. Agora, ele abre uma nova janela de oportunidade. Investiu cerca de R$ 100 mil na contratação de um grupo de comunicadores negros (Pedro Ottoni, Yuri Marçal, Thamirys Borsan, Douglas Carneiro, Rhudson Victor e Preta Araujo). Todos os sábados (a partir do próximo), eles poderão se comunicar com a multidão de seguidores do youtuber. “Eu acredito que pessoas em posição de privilégio devam refletir e agir sobre formas de ceder espaço para pessoas que possam se favorecer desse espaço para ter protagonismo”, diz. Foi daí, conta, que nasceu o projeto de criar um dia para que artistas e comunicadores negros possam lançar vídeos no seu canal. “É só o início”, afirma. Isso dá esperança.

O Globo