Dallagnol questionará vacância no CNMP
Foto: André Dusek/Estadão
A carta na manga da defesa de Deltan Dallagnol, caso o ministro Celso de Mello não suspenda os processos contra o procurador no Conselho Nacional do Ministério Público, será questionar a composição do órgão. Desde o ano passado, o CNMP funciona com 11 das 14 vagas preenchidas. As abertas são de indicações do Ministério Público.
Lavajatistas argumentam desequilíbrio na composição. As nomeações estão há meses paradas, aguardando análise do Senado.
O questionamento poderia ser feito por uma ação civil pública, impetrada por uma associação ou um partido político, na primeira instância mesmo.
Um episódio para ilustrar o clima em torno do julgamento que poderá afastar Dallagnol da Lava Jato: um dos conselheiros recebeu, recentemente, a ligação de uma tia distante, de uma cidade de interior.
Ela fez um apelo para que o sobrinho mantivesse o “homem” lá em Curitiba, que todos em sua cidade estavam ligando para ela para falar sobre isso.
O caso, aliás, está sendo usado, em conversas de bastidores, para ilustrar a importância do projeto de quarentena eleitoral para juízes e procuradores.