Bolsonaro presidente desmente Bolsonaro candidato
Os 600 dias de governo completados neste sábado (22) mostram uma série de contradições entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o candidato à Presidência da República em 2018.
Há dois anos, o político prometia “tolerância zero com a corrupção”, dizia que acabaria com a reeleição, definia o MDB como “símbolo do toma lá, dá cá”, se comprometia a fugir da negociação com lideranças partidárias e veementemente chamava de mentira a possibilidade de recriação da CPMF.
Hoje, ele mudou de tom e deixou para trás bandeiras, partido e aliados da época. Figuras como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), o senador Major Olímpio (PSL-SP) e o ex-senador Magno Malta (PL-ES) não são mais vistas com o presidente.
O Bolsonaro que comanda o Palácio do Planalto faz vistas grossas para a confissão de caixa dois de um de seus ministros, age de olho em 2022, tem Michel Temer (MDB) como conselheiro informal, distribui cargos para o centrão, roda o Brasil ao lado de caciques do grupo e deu aval à discussão de um novo imposto.
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Folha de SP