Assessoria de Biden prevê problemas com Bolsonaro

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Foto: Wisconsin – 20/08/2020 DNCC/EPA/EFE

Juan González, assessor de campanha de Joe Biden e conselheiro para a América Latina do ex-vice-presidente durante seus anos na Casa Branca, alertou nas redes sociais para a degradação das relações entre Brasil e Estados Unidos caso o democrata saia vitorioso das eleições presidenciais de 3 de novembro.

“Qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante sua campanha”, escreveu González no Twitter.

O assessor ainda compartilhou um artigo do site The Huffington Post que expõe os planos do candidato democrata para a condução da relação com o Brasil. A reportagem cita as intenções de Biden de pressionar o governo brasileiro para garantir a proteção da Amazônia e outros biomas. “Se vencer, Biden provavelmente não recuará diante da raiva de [Jair] Bolsonaro”, diz o artigo.

 

Em artigo publicado em julho passado na Americas Quarterly, Juan González já havia tratado do tema. Ele afirmou ainda que “a relação entre EUA e Brasil tem um enorme potencial num governo Biden, cujas agendas climática e econômica avançarão juntas. A pergunta para o Brasil é se sua liderança atual está preparada para abordar os desafios monumentais de nosso tempo”.

“A política dos EUA em relação à América Latina deve priorizar a cooperação, o Estado de Direito e as mudanças climáticas, entre outras considerações”, escreveu o assessor do Biden.

As eleições americanas estão marcadas para 3 de novembro, embora 47,5 milhões de pessoas já tenham votado pelo correio ou com antecedência. Segundo a média das últimas pesquisas eleitorais elaborada pelo site RealClearPolitics, Biden lidera as intenções de voto em nível nacional com 50,7%, contra 42,8% do atual presidente Donald Trump.

Durante seu governo, Jair Bolsonaro aprofundou as relações do Brasil com os Estados Unidos. Parte dessa campanha de reaproximação baseou-se na proximidade de ideias e ideologias defendidas pelos dois governos. Caso o Partido Democrata saia vencedor da votação, teme-se que esses laços possam estar ameaçados.

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