Possível segunda onda já afeta economia brasileira

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A combinação de dois vetores explica a recuperação mais rápida da atividade depois do choque da pandemia. A reabertura da economia vista nos últimos meses, mesmo com o vírus ainda circulando, é apontada como principal motivador da retomada no terceiro trimestre. E essa reabertura, mesmo que gradual, encontrou mais de R$ 250 bilhões provenientes do auxílio emergencial.

O resultado dessa mistura transpareceu no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de prévia do PIB, que cresceu 9,5% entre julho e setembro. Uma puxada histórica que aponta para uma saída da recessão após dois trimestres de resultados negativos. De previsões catastróficas de queda de mais de 10% do PIB, os prognósticos se acomodam em uma retração na casa dos 4%.

No entanto, há tantas variáveis quanto incertezas ao se olhar para o futuro. A possibilidade de uma segunda onda, como já acontece na Europa, poderia obrigar um novo fechamento da economia. Ainda no campo da saúde, não se sabe ainda como seria o ritmo de uma vacinação global. Se mais rápida, a economia poderia voltar em passos ágeis. Caso contrário, ensaiaríamos uma recuperação mais lenta.

Ainda temos questões específicas do Brasil. Como mostram vários estudos, inclusive do Banco Central, o auxílio emergencial contribuiu para o aumento do consumo, principalmente entre os mais pobres, o que segurou os índices da indústria e do varejo.

Com esse impacto, perguntas não faltam sobre o futuro de um programa de transferência de renda, que deve acabar no fim do ano. Na quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a prorrogação do auxílio emergencial em caso de uma segunda onda de contaminação. Já hoje, disse que o governo não deve “fazer aventuras”. Enquanto isso, o projeto da Renda Cidadã foi descartado e a ideia do momento é ampliar o Bolsa Família.

O mercado de trabalho é outra interrogação. Ele tende a ter uma recuperação mais lenta depois de uma crise, e desde julho o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados vem registrando mais contratações do que demissões. O IBGE, no entanto, mostra que o desemprego continua alto. A nuvem que paira sobre o futuro do auxílio emergencial e da própria evolução do coronavírus também diminui a visibilidade sobre o futuro do emprego, que depende de um cenário mais consolidado.

Os problemas da economia brasileira estão emergindo e 2021 deve começar com muitas dúvidas. Os vetores que estimularam a retomada da economia já começam a perder força, e com o endividamento do país superando o patamar de 90% pela primeira vez na história, o governo terá que escolher suas prioridades.

O Globo 

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