Maia e seu grupo procuram nome para presidir Câmara

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Jorge William/Agência O Globo

Com a reeleição vetada pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu ontem a linha do discurso que adotará para manter a unidade de seu bloco e emplacar um aliado como sucessor no comando da Casa.

A independência em relação ao presidente Jair Bolsonaro e uma distância protocolar da agenda de costumes são suas principais cartadas para garantir apoio de parlamentares da oposição e de centro na disputa de fevereiro. Mas, nos bastidores, aliados seus veem a possibilidade de o ex-ministro de Minas e Energia e deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE) surgir como mais uma alternativa. Seria um candidato do DEM e, como o nome diz, filho do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o que diminuiria as resistências no Executivo.

Da maneira como os blocos estão organizados hoje, Maia conta com o apoio de DEM, MDB, PSDB e Cidadania, contabilizando mais de 100 votos, e tenta garantir uma aliança com PSL e Republicanos para chegar a quase 200 apoiadores. Para isso, sinaliza com um possível apoio aos presidentes desses partidos para sua sucessão, os deputados Luciano Bivar (PSL-PE) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Além deles, fazem parte do grupo de pré-candidatos o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), e os deputados Elmar Nascimento (DEM-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

A estratégia para afunilar os cinco nomes e evitar debandada de algum deles para o outro lado era, primeiro, consolidar a formação do bloco partidário, com a definição do tamanho e dos espaços na Mesa Diretora e nas comissões. Mas, diante do desfecho desfavorável no STF, parlamentares alinhados com Maia passaram a defender uma definição rápida do nome, para iniciar a campanha e a discussão de apoios. “O grande desafio é saber qual dos candidatos mantém um bloco tão grande de pé até o dia da eleição”, disse Maia.

O bloco de Lira é formado por PP, PL, PSD e Solidariedade. Formalmente, são 135 deputados. A oposição (PT, PSB, PDT, PCdoB e Psol) soma outros 130 deputados, que negociam com os dois grupos, mas sinalizam apoio ao sucessor de Maia pela ligação de Lira com o governo.

Apesar de reconhecer o alinhamento com a pauta econômica tanto dos possíveis candidatos do seu bloco quanto do líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), Maia destacou diferenças que marcarão a gestão de aliados e a do nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Integrantes de seu grupo devem oferecer mais obstáculos ao avanço das pautas da agenda de costumes e também para projetos polêmicos, como a proposta de emenda constitucional (PEC) do voto impresso, que voltou a ser defendida por Bolsonaro e aliados do presidente durante as eleições municipais. Na ocasião, bolsonaristas levantaram questionamentos sobre a segurança do sistema de votação e para dizer que há fraudes. Ele também citou a flexibilização do porte de armas e questões ambientais.

Maia disse ontem em entrevistas que um candidato de seu grupo não pautaria os projetos de costumes, tema caro à oposição. “Por que o governo quer interferir num processo onde todos os candidatos têm a agenda econômica parecida? Porque quer interferir na outra agenda”, disse, indicando que esse seria o compromisso de Lira com o governo.

Para marcar diferença em relação a Lira, Maia destacou que a candidatura de seu aliado não será contrária ao governo e sim uma defesa “da independência da Câmara em relação aos outros Poderes”, do Executivo e também do Judiciário. “A nossa candidatura não é contra ninguém, ela não é contra o governo, ela não é contra o Arthur Lira. O nosso candidato é a favor da democracia, é a favor da Câmara dos Deputados e representa esse movimento que é muito mais amplo que o partidos de centro e de centro-direita. É um movimento que certamente vai atingir a maioria da Câmara porque todos viram que, na independência da Câmara, a Câmara saiu valorizada”, disse Maia à “GloboNews”.

Valor Econômico

 

O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia

Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.

CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99

Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.