5% das mortes por covid ocorrem no Brasil

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Foto: Arte/Metrópoles

Vivendo a pior fase da pandemia de Covid-19 – na contramão de alguns países do mundo, que já apresentam quedas expressivas nos casos nas mortes em decorrência da doença –, o Brasil registra sucessivos recordes nessas taxas. Com os 1.057 óbitos notificados na segunda-feira (15/3), por exemplo, o país completa 22 dias seguidos com média móvel acima de mil.

Os números são ainda mais preocupantes tendo em vista o panorama global: nos últimos cinco dias, a cada 100 óbitos por Covid-19 no mundo, pelo menos 22 foram registrados por aqui. E m-ais: há uma semana, o país está à frente dos Estados Unidos na média móvel de mortes, o que não acontecia desde 1º de outubro de 2020.

Os dados divulgados fazem parte de um levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos relatórios do Our World in Data, que acompanha diariamente o avanço do novo coronavírus no Brasil e no mundo.

Em entrevista ao Metrópoles, Tarcísio Marciano da Rocha Filho, professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB) e membro de grupo de pesquisa interdisciplinar que abarca várias universidades brasileiras para estudar o avanço da Covid-19 no país, ressaltou a preocupação com os índices do Brasil.

“O número real de óbitos por Covid-19 é bem superior ao anunciado oficialmente, chegando a mais de 365 mil mortes. E isso é uma progressão por baixo”, salientou. “No momento, a gente tem evitar transmissão. Está crescendo, a situação da saúde está crítica, as UTIs estão lotadas e a tendência é piorar. Enquanto não tem vacina para todo mundo, a gente precisa evitar contatos, ficar em isolamento e usar corretamente a máscara.”

Segundo o médico intensivista Otavio Ranzani, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Saúde Global (ISGlobal), o país está na pior fase da pandemia. “Como estamos falando, o vírus já era uma bomba, agora as variantes se transmitem mais e, no geral, o pessoal tem feito de tudo para o vírus ser transmitido. As subidas são muito mais rápidas que antes. Talvez a gravidade também seja maior”, escreveu o especialista, que é referência sobre o assunto. “Infelizmente já vivemos e podemos viver cenas ainda mais tristes.”

As previsões para as próximas semanas, segundo especialistas, não são as melhores. “Com o país todo colapsando, a próxima semana promete ser a pior desde o início da pandemia. E a seguinte, pior ainda”, alertou o médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade de Duke (EUA) pelas redes sociais, no último sábado (13/3).

Na última semana epidemiológica, entre os dias 7 e 13 de março, o Ministério da Saúde registrou a semana mais mortal e mais infecciosa desde o início da pandemia no Brasil.

Foram identificados, nos últimos sete dias, 500.722 novos casos – 18,7% a mais do que o recorde prévio, registrado na semana imediatamente anterior – entre 28 de fevereiro e 6 de março. Em relação aos óbitos, os índices chegaram a 12.777, quase o dobro do que foi contabilizado no pico da primeira onda. Para efeito de comparação, o número é igual ou superior à população de 2.961 municípios brasileiros.

Metrópoles

 

 

 

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