Vacina chinesa protege menos maiores de 80 anos
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Um estudo feito pelo Vebra Covid-19, que reúne cientistas de instituições nacionais e internacionais, está pesquisando a efetividade da Coronavac entre idosos de mais de 70 anos depois que a vacina foi aplicada massivamente no Brasil.
Os dados iniciais mostram que a efetividade entre os que têm mais de 80 anos foi menor que a eficácia global encontrada nos estudos clínicos realizados pelo Instituto Butantan no Brasil, de 50,7%.
Já nas faixas mais próximas dos 70 anos, a efetividade bateu com a do estudo feito pelo Butantan. A pesquisa está sendo finalizada e deve ser divulgada na próxima semana.
Para chegar aos resultados e verificar o impacto real da vacinação na redução de casos (ou seja, a efetividade do imunizante), os cientistas pesquisaram os resultados de testes para a Covid-19 de todos os bancos de dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.
Os exames foram feitos em pessoas com sintomas da doença e que buscaram as unidades para fazer o teste e confirmar se estavam ou não infectadas.
A pesquisa não revela o que aconteceu depois que a pessoa fez o teste —se seguiu com sintomas leves ou se a doença agravou.
Um dos objetivos das vacinas, além de tentar evitar a infecção, é prevenir o agravamento e os óbitos causados pelo novo coronavírus.
A proporção de mortos por Covid-19 entre os maiores de 80 anos, faixa etária com a vacinação contra a doença em etapa avançada, caiu quase 60% entre janeiro e abril no Brasil. Os dados são de levantamento feito pela Folha no Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.
O Vebra Covid-19 é formado por pesquisadores da Fiocruz, das universidades norte-americanas de Stanford, Yale e Flórida, da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto de Saúde Global de Barcelona e da Secretaria de Saúde de SP.