Delegada bolsonarista acusa vereadora de atingir spray de pimenta com o rosto

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Foto: Reprodução/ O Globo

A delegada Patrícia Domingos pediu, nesta terça-feira, para que o Ministério Público de Pernambuco e a Câmara de Vereadores de Recife apurem se a vereadora Liana Cirne (PT) cometeu abuso de autoridade e quebra de decoro durante o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no último sábado. Cirne foi agredida com spray de pimenta numa ação da Polícia Militar no ato, que acontecia pacífico na Ponte de Santa Isabel. Na tentativa da PM de dispersar a manifestação no centro da cidade, dois homens perderam a visão após serem atingidos por balas de borracha.

O pedido de Domingos foi feito em conjunto com o presidente da ONG Fiscaliza Brasil, Thiago Lira, e o advogado Joaquim Zhitomir. Segundo o pedido, a vereadora petista desobedeceu aos decretos estaduais que impedem aglomerações no estado.

Os documentos enviados ao MP e à Câmara afirmam ainda que Cirne estava “utilizando de sua função de vereadora” para tentar coagir os policiais militares a “deixarem o local onde estavam exercendo suas atividades, sob narrativa de que eles estavam perseguindo manifestantes”.

A delegada foi candidata à prefeitura de Recife com o apoio de Bolsonaro na última eleição.

No sábado, Cirne tentou impedir a passagem da polícia ao apresentar sua identificação de vereadora. Nas redes, a petista publicou uma foto segurando a carteira em frente a uma viatura da PM.

“Não me arrependo por um segundo do que fiz. Estou sendo criticada por ser impetuosa. Mas se tenho uma carteira de couro com um brasão da Câmara Municipal, é para isso que ele foi feito! O único carteiraço que vale a pena dar na vida! Fiz e faria de novo!”, escreveu a vereadora.

Na terça-feira, o governo de Pernambuco anunciou a exoneração do comandante da PM após a ação violenta dos agentes nos protestos contra Bolsonaro, assim como o afastamento dos policiais envolvidos na agressão à vereadora.

O Globo