Fux pede a Bolsonaro que pare de atacar STF

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Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pediu uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para tentar impedir a escalada de uma nova crise entre os Poderes. O Palácio do Planalto confirmou a ida de Bolsonaro ao STF. O encontro entrou na agenda do presidente e está previsto para as 17 horas.

A expectativa é que o presidente indique, ainda nesta segunda-feira, o advogado-geral da União, André Mendonça, como novo ministro da Corte, em substituição a Marco Aurélio Mello, que se aposentou por completar 75 anos.

A intenção de Fux é conversar com Bolsonaro para defender que as lideranças do país precisam se unir e deixar as intrigas de lado.

Desde a semana passada, o presidente tem subido o tom das críticas ao voto eletrônico e ataques a integrantes do Supremo, especialmente ao ministro Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No sábado, um dia depois de xingar Barroso de “idiota” e “imbecil”, ele chegou a insinuar – sem nenhuma base na realidade – que o ministro do STF defende a pedofilia. O ataque foi rebatido por uma publicação oficial da Corte.

Bolsonaro voltou a ameaçar os Poderes diante da possibilidade de o voto impresso naufragar no Congresso.

Nas últimas semanas, Barroso e outros ministros do STF, como Alexandre de Moraes, atuaram contra a proposta – uma bandeira bolsonarista que nas últimas semanas têm sido rechaçada também por partidos da base aliada.

Em uma de suas falas, Bolsonaro chegou a afirmar que se o voto impresso e “auditável” não fosse implementado, poderia não ocorrer eleições no próximo ano.

As declarações causaram reação imediata do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e do TSE. No fim de semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), um dos principais aliados de Bolsonaro, também se manifestou contra.

Valor Econômico 

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